JOALHERIA AFRICANA
COM RENATO ARÁUJO - BRASIL
A história da joalheria mundial se confunde com a história das joias africanas por um simples motivo:
- Excetuando pela excassa joalheria Neandertal, encontrada na Europa, foram os africanos os inventores da prática humana de se adornar.
Neste curso, empreenderemos uma viagem visual na história da joalheria desde seus primórdios na África, passando por diversos desdobramentos, até que essa cultura milenar fosse modificada por fora e por dentro do continente. Destacaremos, assim, desde as suas heranças mais remotas, estudando os seus materiais, técnicas e estilos antigos, bem como a sua difusão mais recente, especialmente quando da invasão da joalheria moura (norte africana) na península ibérica (Espanha e Portugal por quase 800 anos: de 711 a 1492 d.C.).
Por fim, investigaremos por que há uma "dupla via" das heranças nas joias afro-brasileiras: 1) a provinda de Portugal e 2 ) a provinda de uma herança árabe-africana muito mais antiga?
A questão chave para este curso, portanto, é: considerando as joias africanas e as técnicas de joalheria árabes/mouras de exportação, como estas se transformaram propriamente em "joias luso-brasileiras", "joias de crioulas" e em balangandãs?
RENATO ARÁUJO - BRASIL
Especialista em arte africana, é formado em filosofia pela Universidade de São Paulo (USP), é co-fundador do arsmundum project, e trabalha atualmente em São Paulo como consultor e curador em arte africana pela Coleção Ivani e Jorge Yunes. Atuou como educador, coordenador e pesquisador em instituições como Centro Cultural Banco do Brasil, Espaço Porto Seguro de Fotografia, Museu Afro Brasil, entre outras.
É autor dos livros:
"Arte Afro-Brasileira: altos e baixos de um Conceito"; "Temas de Arte Africana", "A Outra Africa: trabalho e Religiosidade" e, entre outros títulos, é autor do catalogo e curador da exposição "África: mãe de todos nós", em cartaz no Museu Oscar Niemeyer de Curitiba.